24.11.10



Sentei-me na areia, estava húmida e dura, mas ainda assim era o sítio onde me sentia melhor. 
Contemplei o mar, o vento bateu-me na cara e fez o meu cabelo dançar, o meu pensamento voou, os dias de sofrimento vieram-me à memória, e a culpa de sorrisos que esbocei veio também por acréscimo, vai  fazer um ano, um ano, meu amor, o pior da minha existência. 
Sinceramente, cada vez acho mais que perdi a guerra, e já não tenho razão para existir. Não suporto mais este vazio, tenho uma vontade enorme de largar tudo.  
Corri para o mar, a água estava gelada, foi como um choque, entre os soluços do meu choro, e o tremer do meu corpo olhei para as estrelas, tu voltaste para o pensamento. Gostava de te ter por um minuto, sentir o conforto dos teus braços e amar só com um simples toque ou olhar. Continuo sem amor, sem farol, sem luz, sem ar.


Fecho os olhos e tu apareces, às vezes imagino-te como o meu anjo, eu sei que cuidas de mim.

1 comentário:

Annie disse...

Olá querida, já postei mais um capítulo